terça-feira, 8 de setembro de 2009

Momento fã: Duca Leindecker.

Voltei agora da palestra/show do Duca Leindecker aqui em Vênus,
aliás, ele é o Patrono da Feira do Livro nesta edição.

Sou fã do trabalho dele faz tempo e vê-lo despertou lembranças.
Tempos de uma alma agitada que, em cada letra de música,
guardava as palavras como orações, como bandeiras que
um dia iria lançar em terra firme.

Tempos que você, Dona Internéta não dominava nossas vidas.
Que gravava músicas que ouvia na Atlântida e
passava madrugadas planejando um futuro que estava lá.
Um lá depois do horizonte que me angustiava, mas,
reconfortava por não bater na minha janela. Ainda.
__

Breve parênteses.
Abre
No momento que escutei as canções renascerem,
vi a guria que era, do meu lado, lembrei dos detalhes.
Não como em um filme, mas, como uma realidade confrontada
com outra que já se foi.
Uma vontade tomou conta de mim.
Poxa, menina.
Vem cá e me dá um abraço!
Fecha
___

E estas emoções de tempos remotos voltaram
de um aqui que já tinha partido.

Já assisti shows da Cidadão Quem, mas,
nunca estive tão perto do Duca.

E me surpreendi da atitude de uma Lorita que
não abaixa a cabeça pra nada, que ri, fala alto,
monta o circo e sai pulando, virar uma tímida.
E quando estive tão perto e seria como outros
tantos em guardar uma foto de recordação...

Soltei um:
- Posso te dar um abraço?
- Ohhh..claro que pode...

E aqui estou:
Guardando um abraço apertado do Duca!


Troquei alguma frase, ele me falou do twitter dele (no meu tempo não tinha isso), posei para uma foto e fim.

Talvez meus ídolos guardem um "q" de romantismo, uns contribuíram mais do que outros na formação do monstro, digo, na pessoa que me tornei.

Um romantismo de um tempo que as relações não eram imediatas.
Tudo é blog, flog, orkut, twitter, flick...
fotos. E fotos.
[ Sem fotos não registramos o que fazemos]
E os ídolos parecem estar tão presentes e não estão.
Não é real.
É chato.
Crítica não direcionada, aliás, me incluindo nela.

Antes, guardava com carinho cada informação sobre quem
me interessava, hoje, posso ter 1000 fotos e textos,
algo banal e muitos que começam me encantando,
se perdem nesta promoção de um trabalho parcial.
Falta um ziriguidum!

Enfim, fica o registro de uma Lorita emocionada,
quase chorosa, nostálgica no papel de fã.
Confrontar as expectativas
e ir além proporciona certo alívio.

Um suspiro da paz.

Que venha outros momentos meigos, pagaçããã de pau e etc.


9 comentários:

  1. "Carona, a gente pega e nunca sabe onde vai parar" eu ouvia isso num vinil que tinha na casa da minha vó, realmente é nostalgico, e pelo que falam dele realmente parece ser um cara bem acessivel e simpático. Acho que as musicas do cidadão fizeram parte de quase toda geração que teve sua infância nos anos 90.

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  2. eu tive minha infância nos anos 90 e nunca escutei cidadão quem nem duca. Mas é coisa minha, nada contra ele. Respeito o cara que pareceu bem simpático, acho que beija bem de língua e é bom instrumentista! Nem fiquei brabo com a Rita e o brilho intenso nos olhos dela para tirar uma fotinha com o "Duda".

    Que bom que conseguiu pequena.
    Eu tb gostaria de ter uma foto com alguém importante para a minha infanto-pré-adolescência.

    DaniS

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  3. Aiii, menina, que tudo! Realmente, hj as coisas estão bem mudadas. Antes existia mais um ar de distância, respeito, os ídolos eram quase inacessíveis. Sei não...acho que era melhor assim. Às vezes a proximidade tira um certo encanto. Delicado esse assunto... Mas fiquei feliz por vc. Tb tenho esse problema de mudança de personalidade diante dos ídolos, mas tiro foto...rsrs

    Meu beijo

    P.S.: Feriado tranquilo... o que é perfeito pra mim =D

    Outro beijo

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  4. O Duca apareceu em uma época onde o rock gaúcho estava começando a dar as caras com mais vigor nas rádios FM (vide década de 80). O cara surgiu como o garoto-prodígio da guitarra tipo aos 17 anos, foi meio que bombástico, me lembro bem. Tocava guitarra com mais gana do que hoje, claro, mais maduro e cheio de lições da vida nas costas, já sabe muito bem os atalhos do campo e se prende mais as composições em si do que a velocidade e técnica (ufa! ainda bem!). Ainda "guri" foi sequestrado p tocar na Bandalheira (banda do Alemão Ronaldo - bad boy do rock na época), então de inocente o na real Duca não tem nada! Não tenho grandes apegos ao Cidadão Quem, mas respeito sem dúvida alguma o trabalho da banda. Sucesso para o ainda jovem escritor Duca, já para o maduro Leindecker da guitarra, desejo que continue sendo esse cara incrível com quem ontem tive oportunidade de trocar algumas palavras.

    flw
    sandoval

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  5. De inocente nem o Bozo! Vlw pelo baita comentário explicativo bacanérrimo, Sandôvas!

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  6. Lindos escritos... hehehe... gostei da parte do abraço... muito espontâneo!

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  7. Ele é muito querido; no mínimo temos que respeitar o cara por mexer com "música, literatura e cinema" .. suas músicas são ótimas, os livros também.. e particularmente também gostei muito do curta "chá de frutas vermelhas!" as músicas dele são "limpas".. não sei como explicar isso, mas sempre tem alguma coisa que nos conforta e acalma a alma! Compartilho da mesma nostalgia, dos tempos em que não tinha internet.. mas que ficava até altas horas escutando "Pijama Show".. no qual eles já tocaram e participaram muito. acho que a primeira música deles que escutei, deve ter sido: Por você (primeiro disco deles) muito foda!

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  8. Valorize o rock gaúcho, e tenho dito. teve alguém que chegou em casa e me pediu pra colocar as músicas da Cidadão ;D uehuhe

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  9. Rita, que blog maravilhoso! Cara, muito sincero e espontâneo esse teu post! Agora me sinto mais feliz por ter registrado o momento fã! Hehehe!

    Também sou da época de gravar da rádio as músicas dos meus ídolos, de ficar acordada ouvindo Pijama e colecionando pilhas de revistas sobre meus artistas favoritos! Lindo esse período!

    Concordo ainda com a Bruna: as músicas do Cidadão são limpas! e, agora, as do Pouca Vogal também apresentam essa característica!

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Como assim?