sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tribunal do Júri.

A cidade está fervendo, praticamente um caso Nardoni.
A sensação é que não há ar suficiente para todos no plenário, o desejo de justiça é clamado pela sociedade, pela defesa e pela acusação.
Não vou discorrer sobre o conceito de justiça e efetivação da mesma. 
A visão é bem diferente do que a vendida pela imprensa.
Não estou perdendo nenhum suspiro, me sentindo como uma criança num parque de diversão.
A perícia inicial foi feita pelo médico legista que já foi meu professor na disciplina de Medicina Legal. 
O cara é fera e lembro com riquezas de detalhes dos ensinamentos dele. 
Isto fica evidenciado pela minha cara de louca varrida devorando cada pormenor dos depoimentos, da leitura dos autos e das perícias.
Organizo mentalmente a cena do crime e a disposição do corpo da vítima...
A criatividade do comportamento criminal não conhece limites.
Isso excita minha curiosidade no quesito bizarrices e me desafia na formulação de novas perguntas/respostas.
Não desmerecendo os ensinamentos dos Promotores e operadores do Direito que me ajudam no questionamento dos fatos. Agradeço aos mestres e quero aprender sempre mais.
O engraçado é lembrar trechos de livros que já estavam enterrados na memória. 
Ou melhor, engraçado é dar um sentido para as palavras que já julgavam mortas ou amorfas.
Não obstante, as argumentações e a oratória são fundamentais para afirmar o domínio jurídico diante da comunidade e do conselho de sentença.
Há uma pressão psicológica de todos os lados e amanhã será o dia D.
Quero ver o circo pegar fogo.
Fogo nos debates.
A condenação é outra história.
Enfim, adrenalina nas alturas, cansada e feliz.

 E a amiga internéta perguntaria:
"Fugindo do clichê?"

Toma o que te mandaram entonces!

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