quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Som da infância



Já escrevi sobre cheiros que lembram sentimentos, lugares ou épocas na minha vida.
Agora, registro um som que me transporta até a infância.
Na verdade, tudo começa com uma pequena nota pertinente:
O prédio onde está localizado o escritório no qual trabalho está sendo pintado e, para tanto, alguns pintores se equilibram em estruturas penduradas por roldanas para realizar o trabalho.
Por conseguinte, o som dessa peça mecânica me faz lembrar do barulho de balanços.
“Brinquedo” da pracinha que passei bons momentos de guriazinha.
Aliás, mais do que a sensação de alegria e diversão, revisito a sensação de viver em tardes despreocupadas.
Essa, com certeza, é a síntese do som. Tardes despreocupadas.
Receita com pitadas de risadas, sol ameno e uma vida infinita pela frente.
Enquanto muitos consideram o som irritante e desejam o fim dessa função toda no prédio, me pego sorrindo. Volto ao tempo que os meus pés não alcançavam o chão e tentava voar alto com o balanço.
Um impulso pra frente, um impulso pra trás, vento bagunçando os cabelos...

3 comentários:

Como assim?