quarta-feira, 16 de junho de 2010

Uma lei que dá direito a ser feliz

Imagine uma escada de dez andares.
O topo é a sua melhor vida possível, e o começo, a pior. 
Em qual degrau você diria que está agora? 
Essa é uma das perguntas usadas na formulação do ranking mundial de felicidade.

Com a ideia de que é possível medir a felicidade, artistas e entidades brasileiras estão na luta para garantir no Congresso Nacional a PEC da Felicidade
A proposta de emenda constitucional defendida por eles inclui como direito do cidadão a busca pela felicidade.

A estratégia do Movimento + Feliz, liderado pelo publicitário Mauro Motoryn, é pressionar os parlamentares para que o bem-estar de cada um seja dever do Estado.
- As pessoas vão chegar aos candidatos e dizer: “você é responsável por defender a minha felicidade” - diz o publicitário, que começou a elaborar ideia no ano passado.

Para ele, a mudança na Constituição sensibilizará a população a cobrar mais ações do governo.
O movimento tem participantes que vão desde a atriz Patrícia Pillar, passando pelo cantor sertanejo Daniel, até a Associação Nacional de Procuradores da República.

Responsável pelo ranking da felicidade, que calcula a satisfação das pessoas de 148 países, o sociólogo holandês Ruut Veenhoven, da Universidade Erasmus, elogia a iniciativa brasileira:
- A felicidade não será o tema principal no debate político, mas vai aparecer em discussões sobre gastos com saúde e previdência. O uso do conceito se tornará mais técnico e menos retórico.’
Países que têm a felicidade como norma:
- Na declaração de independência de 13 antigas colônias dos EUA, em 1776, está o direito da busca da felicidade.
- Na França, há a garantia de felicidade geral desde 1789.
- Japão, Coreia do Sul e Butão também adotam a expressão em leis federais.
- Em oposição ao Produto Interno Bruto (PIB), o Butão criou, em 1972, a Felicidade Interna Bruta (FIB), que considera o uso do tempo e o bem-estar emocional.

Origem: http://wp.clicrbs.com.br/nossomundosustentavel/2010/06/15/uma-lei-que-da-direito-a-ser-feliz/
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Já imagino os danos morais...
- Sr. Estado, você não me faz feliz. Estou em depressão por tua causa.
Parece piada!
Nada contra em dispor a felicidade na Constituição, sou adepta do positivismo na maioria das vezes.
Contudo...
É a dignidade da pessoa humana que deveria ser efetivada pelo Estado, garantindo as condições mínimas para uma vida saudável. O bem-estar do cidadão já está disposto na Constituição Federal de 1988 levando em conta este e outros princípios.

Felicidade é um consequência subjetiva.
E a realidade de inúmeras demandas já existentes no Brasil?
O caminho é abençoar todos os problemas com o fundamento jurídico da "busca pela felicidade"?

Muita loucura o povo se preocupar com comida no prato,
no filho que pode levar um tiro ao sair da escola, 
no esgoto que passa ao céu aberto do lado da cozinha.
Loucura tentar exigir razão dos parlamentares.
Loucura sentir ódio por tamanho descaso com tudo,
pois quem possui legitimidade para agir, fecha os olhos. 
A felicidade é uma propaganda de refrigerante, Sr. Publicidade/compre cada vez mais/só assim serás feliz!

Um Jesus Che Guevara Buda pode materializar-se agora mesmo 
e nos avisar que o Estado não é um pai amoroso com um cartão de crédito sem limites?

Cansei dos pseudos da vida.
Só por hoje, um grande dane-se!
A TPM tomou conta, cortaram as bolas da minha esperança.

4 comentários:

  1. boa reflexão pequena.
    a felicidade é algo subjetivo,
    a preocupação deveria ser com coisas
    mais básicas, como o direito ao sexo,
    ao play station 3, a cerveja e a redução
    da jornada de trabalho para 4 horas diárias.

    isso sim garantia a felicidade de todo mundo.
    concorda?

    Dani.S.

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  2. Estado: Atividade revolucionária detectada. Eliminar alvos..........OK

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  3. Felicidade não virá em cobranças ao estado, felicidade terá onde você achar que tem.
    Mas não seria nada mal ver uma situação dessas.
    Embora eu concorde com o dani. Beijão mana!

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Como assim?